sexta-feira, 27 de julho de 2012

Free.

- É que dói ter visto tanta coisa numa pessoa que não viu nada em mim.
Ah, vá! Ele só pode ser muito besta. E convenhamos, você já suportou dores maiores, não vai ser hoje que você vai morrer. 
- Adoro sua delicadeza para tratar minha dor.
- Proonto, falo isso pra você porque não precisamos de maquiagem nem falsidade. Sei que posso ser sincera contigo, assim como você joga verdades na minha cara sempre. Lembra de quando você terminou aquele seu namoro de quase dois anos? Você morreu? Não. Lembra de quando o amooor da sua vida veio te contar que "acidentalmente" ficou com outra? Você morreu? Não. Lembra quando seu ex começou a ficar com a menina que você mais detestava? Você morreu? Tá aí, ó, vivinha da Silva. Agora levanta dessa cama e vamos sair, vai.
- Eu não, hoje só quero ficar deitada, comendo esse chocolate delicioso e vendo Amelie Poulain. Quer?
- Mas neeeeem morta vou te deixar aqui com essa depressão do mundo todo numa sexta à noite. Vamo, levanta.
- Te odeio, sabia?
- Sabia, mas mesmo assim sempre me liga quando está precisando de alguma coisa, né?
- É?
- É... e a cobrar.


“Não chore, não grite, não fique chateada, não bata pé. 
Pra que fazer tanto barulho? 
Que vá, nunca te pertenceu.”

sábado, 14 de julho de 2012

Vã filosofia.

                        

Aquele velho dilema moral que desgasta, que separa, que cria uma ou outra inimizade.
Aquele que te força a impor tua opinião, que te desafia, que te gera constrangimento. 
Aquele dilema moral que não precisaria existir se as atitudes das pessoas fossem absolutamente éticas, ou se  você ficasse apenas calado diante das coisas absurdas que fazem na tua frente.
Mas não. Compre a briga e faça o que é certo.
Sua consciência agradece.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Eu te quero tanto bem...


E se eu não tivesse o ingresso comprado?
E se você não tivesse comigo falado? 
 E se eu não tivesse, para aquela cidade, viajado? 
E se não tivéssemos, naquela manhã, nos encontrado? 
E se eu não tivesse ali te abraçado? 
E se eu não tivesse o meu número te dado? 
E se, de madrugada, não tivesse me telefonado?
E se outras vezes tivéssemos nos encontrado?
E se a distância não tivesse nos influenciado? 
E se para outras pessoas não tivéssemos olhado?
E se nosso contato tivéssemos acabado?  
E se em tantos momentos não tivéssemos nos apoiado? 
E se as centenas de mensagens não tivéssemos trocado? 
E se, para mais longe, você não tivesse se mudado? 
E se, naquela cidade, você tivesse se estabilizado? 
E se aquele contato você não tivesse pegado? 
E se, para bem perto, você não tivesse sido chamado? 
E se, naquele ônibus, eu não tivesse entrado? 
E se na rodoviária eu não tivesse te encontrado? 
E se durante todo esse tempo não tivéssemos nos separado? 
E se toda a saudade pudéssemos ter matado?
E se nessa cidade você tivesse, enfim, se aquietado?
E se tantos momentos não tivéssemos compartilhado?
E se esse carinho absurdo não tivesse, de fato, aumentado?
E se não tivéssemos, naquela semana, brigado?
E se, para outro lugar, você não tivesse sido chamado?
E se você não tivesse, essa nova proposta, aceitado?
E se você não tivesse a passagem comprado?
E se tivesse, por muito tempo, na minha história continuado?

E se fosse amor,
 você teria ficado?