quinta-feira, 26 de abril de 2012

Meia noite.


Ele não gostava de ser censurado, estava claro.
Fazia questão de beijar a nuca sempre tão exposta daquela menina de cabelos cacheados.
Era algo bem convidativo.
Naquela noite ele estava ousado.
Discretamente ultrapassou o limite do vestido e tocou o corpo dela, não se importando com o arrepio que provocara em sua pele tão branca.
Ela gostou.
Sabia que não adiantava pedir para ele parar, tiraria toda a graça da Lua, que naquela altura, o observava brincando com o corpo dela.
O céu tinha afastado todas as nuvens para a Lua poder vê-los.
A menina, que tentara andar na linha durante tanto tempo, teve seu corpo balançado pelo impulso ímpar dele.

A Lua ria daquela poesia. 
A menina ria com aquele arrepio.

Sim, o vento brincou com ela a noite toda.

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