sábado, 5 de maio de 2012

Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí.


Try to see it my way”

Não sei qual é a dificuldade tão grande que as pessoas têm em entender que nem todo mundo busca a felicidade da mesma forma. Acreditam que existe um padrão ou modelo ideal de felicidade. Ou um caminho corretíssimo para alcançá-la. E que se você sair dele, risque, na sua vida, a chance de ser feliz. Não acredito que seja por aí. Acho que, num mundo onde as pessoas se preocupam tanto com tolices, aprendi cedo demais a relativizar o peso de algumas coisas.
Nunca fui de muitos. Nem de muitos sorrisos, daqueles efusivos e escancarados; nem de muitos amigos, daqueles que me ligam de meia em meia hora chamando pra sair; nem de muitos amores, desses fui apenas de poucos e sinceros. Hoje em dia, onde muitos mendigam goles de companhia, realmente, dá até pra achar que sou infeliz com essas características citadas, né? Mas acontece que não sou. Sou feliz demais. Hoje. Agora.
O que acontece é que estou mudando alguns comportamentos porque, de uns dois anos pra cá, tenho levantado questões a respeito de algumas coisas da minha vida. Não em relação aos meus valores ou princípios, esses tenho moldados e fazem o meu caráter ser como é. Mas algumas verdades e experiências. Alguns comportamentos. Alguns dogmas e preconceitos. Tenho me questionado muito a respeito das pessoas e, principalmente, das relações humanas. E tenho visto que nem tudo é como parece. Mas não é mesmo.
A partir de algumas dessas respostas que encontrei, comecei ver o mundo a partir de uma outra lente. Tenho dado ainda mais valor à simplicidade da vida. Consigo encontrar felicidade nisso facilmente. Tenho visto também a questão de trabalhar mais o presente. Temos tido inúmeras provas de que a felicidade de hoje pode não ser a mesma de amanhã. Tenho trabalhado ainda, e com ajuda dos meus amigos, os meus medos e os meus desafios interiores, isso por si só já tem sido um crescimento absurdo para mim. Fora isso, tenho tentado fazer o bem.
Não tenho vocação nem vontade de ser errada. Modinha adolescente de fazer coisa errada pra socializar também não foi feita pra mim. Sim, tenho tido novas experiências, buscado conhecer e me aproximar de pessoas diferentes, realidades diferentes, modos de vida e contextos diferentes do meu, acho que isso é crescer, não é ser uma pessoa irresponsável. Fora que isso, ultimamente, também tem me deixado muito, muito feliz.
Por mais difícil que seja entender que minha felicidade não está nas maquiagens, nem nas roupas, é mais ou menos por aí que funciona para mim. Gosto de pessoas simples e tenho buscado aprender com elas. Tanto no lado profissional, quanto no lado pessoal. E tenho sido muito feliz na companhia dessas pessoas.
Se é difícil entender isso, infelizmente não posso fazer muita coisa.
Como coloquei em outros textos, enquanto eu tiver esse sorriso na boca, esse brilho nos olhos e essa humildade no meu coração, pretendo seguir por esse caminho. Crescendo.

Um comentário:

  1. Amei, Mari! Mesmo! No último texto que escrevi no blog disse mais ou menos isso, que essa felicidade é algo tão simples. Mas muita gente que busca ela em outras coisas tem a coragem de perguntar: você é mesmo feliz só com isso? Achei lindo e sincero tudo que você disse, e me identifiquei demais. Beijos, Bia.

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